Itália: desfiles sem acidentes graves

Dia tranquilo, durante as procissões que ocorreram em toda a Itália e a satisfação do Ministério do Interior é tangível. Por esta razão, o Ministro Minniti quis expressar pessoalmente o seu agradecimento ao Chefe da Polícia, Franco Gabrielli, por ter conduzido este dia "decididamente exigente" com "serena firmeza", em que foram realizadas 119 manifestações em 30 províncias, que viram cerca de 5 mil unidades comprometidas. “A força da democracia italiana está mais uma vez confirmada”, conclui. Os únicos momentos complicados foram vividos em Milão, quando a polícia e a procissão dos antagonistas entraram em contato. A procissão antifascista estava indo do Largo La Foppa para a Porta Volta, quando um grupo tentou se dirigir para a Piazza Baiamonti em oposição ao comício Casa Pound. Cerca de vinte oficiais foram mobilizados com equipamento anti-motim para bloquear a passagem. Os manifestantes entraram em contato com o cordão policial. Bombas de fumaça e fogos de artifício foram lançados e a polícia respondeu com alguns cassetetes e uma carga relâmpago. Outros confrontos, porém, já haviam ocorrido pela manhã, após uma ação dos alunos do coletivo Casc Lambrate. Os meninos escalaram o monumento dedicado a Giuseppe Garibaldi, na Piazza Cairoli, onde às 15h aconteceu o comício eleitoral da primeira-ministra da CasaPound Simone Di Stefano e da candidata à presidência da Lombardia, Ângela De Rosa. Ativistas acenderam bombas de fumaça e agitaram a faixa "Ontem partidários, hoje antifascistas". Os olhos de todos também estavam em Roma, onde, no entanto, tudo correu bem. Muita gente (para os organizadores cerca de 100 mil pessoas) desfilou na chuva pela marcha 'Nunca mais fascismos' promovida pela Anpi com CGIL, CISL, UIL e vinte outras associações democráticas. Muitos vieram de toda a Itália: Lombardia, Puglia, Toscana, Emilia-Romagna. Uma procissão que, pelo menos por um dia, uniu a centro-esquerda: de Boldrini a Grasso a Renzi e Gentiloni participou. Nenhum problema, mesmo nas manifestações organizadas por Cobas e No Vax. Por fim, no Sul, houve grande preocupação com o rali de Roberto Fiore, líder da Forza Nuova, em Palermo. Uma cidade onde a tensão disparou após o ataque ao representante local do partido de extrema direita Massimo Ursino. Os dois puderam realizar sua demonstração. E, felizmente, a procissão antifascista organizada em protesto ocorreu sem atos particulares de desordem.

Itália: desfiles sem acidentes graves