Brasil: Embraer ganha posições internacionais graças a vendas militares em todo o mundo

Conforme noticiado pela Agência Nova, a fabricante brasileira de aeronaves Embraer conquistou dez posições no ranking internacional das maiores empresas militares do mundo alcançando o 81º lugar. Os dados foram publicados hoje pelo Instituto de Estocolmo para Pesquisa para a Paz (SIPRI). Segundo o think tank sueco, referência internacional na área, as vendas mundiais de armas em 2016 atingiram o maior pico desde 2010. No caso do Brasil, o comércio cresceu bem acima da média mundial. com uma expansão de 10,8% em 2016, superior à taxa de crescimento registrada nos Estados Unidos, Rússia ou Europa. Entre 2015 e 2016, as vendas relacionadas com militares da Embraer aumentaram de $ 839 milhões para $ 930 milhões. Hoje, este segmento já representa 15 por cento de todas as atividades da empresa brasileira que, em 2016, teve um lucro de 168 milhões de dólares. O ranking apresenta a Embraer acima das japonesas da Nec Corp e da Mitsubishi ou, e também das suíças de Ruag. Em 2010, a empresa brasileira nem mesmo figurava entre as 100 primeiras. Em 2013, porém, a Embraer foi listada como a 62ª maior empresa do setor de guerra. O aumento nas vendas da Embraer ocorre no momento em que pesquisadores identificam o primeiro sinal de crescimento do comércio de armas em 2016, após cinco anos consecutivos de queda. Com a crise econômica que eclodiu em 2008, vários países europeus começaram a reduzir seus gastos militares, até levando o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a pedir mais investimentos aos aliados da OTAN. Em Brasília, uma das diretrizes do governo foi estimular as exportações do setor militar, justamente para ocupar parte do novo mercado que se abre com a nova demanda mundial por armas. O governo chegou a pressionar consulados e embaixadas brasileiras no exterior para promover a venda de produtos militares nacionais. Se a Embraer parece estar crescendo, no entanto, o relatório do SIPRI mostra que as empresas sul-coreanas dominam as vendas do setor militar entre os países emergentes. Em apenas um ano, o país asiático acumulou sete empresas entre as 100 maiores do mundo, com um faturamento de 8,4 bilhões de dólares, um aumento de 20 por cento em relação a 2015.
Foto: Semana da aviação

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