O Presidente da República do Congo, Denis Sassou Nguesso, reuniu-se hoje em Brazzaville com o CEO da Eni, Claudio Descalzi, para debater as principais atividades empresariais no país e outras iniciativas inovadoras, em linha com o compromisso da empresa para uma transição justa. A reunião contou ainda com a presença do Ministro dos Hidrocarbonetos, Bruno Jean Richard Itoua.
Em primeiro plano, o avanço na exploração e comercialização dos recursos de gás no país que, através do uso de plantas flutuantes de GNL, permitirá a exportação de aproximadamente 1 bilhão de metros cúbicos de gás no inverno de 2023-2024 e até 4.5 bilhões por ano ano a partir do inverno 2024-2025.
O Presidente e o CEO focaram-se, então, nas iniciativas agroindustriais lançadas no Congo, que envolvem o cultivo de mamona e outras oleaginosas em terrenos abandonados e degradados, não em concorrência com a cadeia alimentar, para a produção de óleos vegetais a partir da biorrefinação . Prevê-se o arranque do primeiro agro-hub para a produção de óleo vegetal em 2023, com capacidade para 30.000 toneladas/ano, passando para 170.000 toneladas/ano em 2026 para atingir 200.000 toneladas/ano em 2030, com desenvolvimentos significativos econômico e social para as comunidades rurais. Entre os impactos esperados já em 2023, a geração de renda para mais de 5.000 famílias, que passará para 90.000 em 2026 e 100.000 em 2030.
Também estão em andamento estudos para implementar projetos de Soluções Climáticas Naturais no setor florestal, em sinergia com iniciativas de agroindústrias, que possibilitem gerar créditos de carbono e impactos sociais e econômicos positivos para as comunidades locais, ao mesmo tempo em que promovem a conservação da biodiversidade . .
As partes também fizeram um balanço do próximo projeto de distribuição de fogões melhorados, que permitirá substituir os tradicionais dispositivos de biomassa, reduzindo significativamente o impacto no patrimônio florestal e permitindo a geração de créditos de carbono. As empresas locais estarão envolvidas na montagem de fogões de alta eficiência, promovendo o empreendedorismo local e garantindo o desenvolvimento econômico.
Por fim, foram revistos os principais projetos lançados para contribuir para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, incluindo o Projeto Integrado Hinda, que garante acesso à água, assistência médica e educação para cerca de 25.000 beneficiários. Prevê-se também o lançamento de um novo projecto para assegurar o apoio aos institutos técnicos e profissionais dos departamentos de Pointe Noire e Plateau para melhorar a formação, com o objectivo de promover a criação de emprego para os jovens.
A Eni está presente no Congo há mais de 50 anos. Até à data, é a única empresa envolvida no desenvolvimento das enormes reservas de gás da República do Congo e fornece gás à Central Elétrica do Congo (CEC), que garante 70% da produção de eletricidade do país.