A afronta à Itália vai deixar vestígios ": é o título de um artigo publicado hoje pelo Le Monde, que explica que" Paris é acusada de ter a parte do leão entre os dois países, desprezando o ideal europeu " . Para a Itália, “que acolheu com entusiasmo a eleição de Emmanuel Macron, esperando muito dele para restaurar o ímpeto da construção europeia, a confiança foi rompida”, explica o jornal. O Le Monde então relembra o atrito entre Roma e Paris nos últimos dias. A recusa do Eliseu ao pedido italiano de "abrir os portos franceses aos navios de resgate de migrantes" já tinha causado "tensões" - acrescenta o jornal - enquanto se organizava o encontro entre o primeiro-ministro líbio, Faiez al Sarraj e o general Khalifa Haftar Macron experimentou-o "como uma humilhação", visto que a Itália pretende ter "uma influência predominante na sua ex-colónia, onde os seus interesses económicos são particularmente importantes", especialmente "para o grupo energético Eni". O jornal sublinha então que "a recusa francesa de deixar o controle dos estaleiros de Saint Nazaire para a Fincantieri" semeou mais descontentamento.
