Pequim votou a favor das últimas sanções contra o programa nuclear e de mísseis da Coréia do Norte, centrado no corte do fornecimento de petróleo bruto. Uma pena que fotos tiradas por satélites espiões americanos mostram petroleiros chineses ao lado de petroleiros de Pyongyang para transbordar petróleo bruto no mar. Isso já aconteceu pelo menos 30 vezes desde outubro, como evidenciado pelas imagens publicadas pelo site sul-coreano 'Chosun Ilbo' (http://english.chosun.com/site/data/html_dir/2017/12/26/2017122 601156.html). Fotos de satélite que mostram também os nomes dos petroleiros envolvidos nas trocas nas águas do Mar Amarelo, próximo à costa chinesa. O cargueiro norte-coreano envolvido - retomado em 19 de outubro - é o "Ryesonggang 1" flanqueado por um navio chinês. Tudo em clara violação da resolução do Conselho de Segurança 2375 adotada em setembro após o teste da primeira bomba de hidrogênio (3 de setembro) e da votada na última sexta-feira que reduz as importações a um máximo de 500.000 mil barris de petróleo para 2018. Violações que, segundo os sul-coreanos, continuarão até que Pequim efetivamente frustre o contrabando de petróleo no mar, limitando-se a aplicá-lo na fronteira terrestre entre os dois países. O diário de Seul levanta a dúvida de que o governo chinês prefere desviar o olhar desse tráfico marítimo para permitir que Pyongyang receba o petróleo sem o qual não sobreviveria e respeitando formalmente as sanções da ONU. Os dados oficiais da alfândega chinesa não mostram embarques de petróleo bruto em novembro. O Ministério do Tesouro dos EUA na lista de entidades sancionadas também introduziu 20 navios chineses e norte-coreanos no mês passado. Pequim se defende alegando pela boca do portvaoce do Itamaraty, Hua Chunying, que não tem conhecimento das fotos de satélite divulgadas por Chosun Ilbo e lembrando que apenas as trocas entre navios explicitamente alvo de sanções constituiriam violação das medidas punitivas.
