Sim, da Turquia para a Suécia na OTAN e Putin envia os modernos obuses da Coalizão-SV para as fronteiras

O parlamento turco deu um parecer inicial favorável à entrada da Suécia na NATO. A Comissão dos Negócios Estrangeiros da Assembleia de Ancara aprovou os protocolos de adesão de Estocolmo, assinados pelo Presidente Recep Tayyip Erdogan.

O processo de aprovação não ocorreu sem obstáculos; em Novembro, a Comissão dos Assuntos Externos bloqueou temporariamente o texto, expressando preocupações sobre o alegado apoio sueco de Ancara a grupos considerados terroristas. Actualmente, a Turquia é o único membro da NATO, juntamente com a Hungria, que ainda não deu o seu consentimento à expansão da Aliança.

Porém, com a decisão tomada pela Comissão, parece que o caminho para a aprovação está mais próximo. Os protocolos terão agora de ser ratificados pela Câmara, onde o partido AKP de Erdogan detém a maioria dos assentos. A votação poderá ocorrer nos próximos dias.

O Secretário Geral da Aliança Jens Stoltenberg saudou a votação, enquanto o Departamento de Estado dos EUA elogiou a decisão de Ancara, esperando uma ratificação total pelo parlamento rapidamente.

Recentemente, Erdogan tinha discutido com o presidente americano Joe Biden sobre a entrada da Suécia na NATO, ligando a questão à venda de caças F-16 pelos Estados Unidos à Turquia. Erdogan afirmou que desenvolvimentos positivos dos Estados Unidos em relação aos F-16 acelerariam a opinião favorável do parlamento turco sobre a Suécia. Erdogan recebeu garantias de Biden sobre a disposição do Congresso em aprovar a venda dos caças.

O pedido da Turquia para a compra de F-16 remonta a 2019, na sequência da exclusão de Ancara do programa de cooperação militar em caças F-35 após adquirir mísseis S-400 a Moscovo, uma medida considerada pela NATO como uma ameaça à segurança da Aliança.

Rússia bloqueia seu Distrito Militar do Norte

A Rússia irá em breve posicionar os seus novos obuseiros no Distrito Militar do Norte, que faz fronteira com a Finlândia e a Noruega. Isto foi declarado pelo chefe da gigante de defesa russa Rostec. Testes das novas unidades de artilharia autopropulsada Coalizão-SV foram concluídas e a produção em grande escala já começou, disse ontem ele em entrevista à agência de notícias russa RIA, Sergei Chemezov, o chefe da Rostec: “Acho que eles aparecerão lá (no Distrito Militar Norte) em breve, já que são necessários obuseiros dessa classe para ter vantagem sobre os modelos de artilharia ocidentais em termos de alcance”.

Em 2021, o presidente russo, Vladimir Putin, alterou o estatuto da Frota do Norte russa, cuja área de responsabilidade era principalmente o Ártico russo, o Distrito Militar do Norte, incorporando também a região de Murmansk, que faz fronteira com a Finlândia e a Noruega. Depois de invadir a Ucrânia em Fevereiro de 2022, Moscovo acusou “o Ocidente” de encenar uma guerra por procuração com a Rússia e alertou que Moscovo aumentaria o envio de forças militares nas suas fronteiras ocidentais, na sequência da exigência de adesão da Finlândia à NATO.

Em Dezembro, a agência de notícias estatal russa TASS informou que obuses individuais da Coligação-SV já tinham sido enviados para a frente na Ucrânia. Os obuseiros, com alcance de até 70 quilômetros (44 milhas), são equipados com um moderno canhão 2A88 de 152 mm com cadência de tiro superior a 10 tiros por minuto, além de um moderno sistema de automatização dos processos de mira do canhão, seleção de alvo e navegação.

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