Didl Tang Beijing no The Times falou sobre o sonho de Xi Jinping: "A China como líder mundial em 2050".
Quando a guerra estourou no Iêmen em 2015, uma fragata chinesa atracou no porto de Aden e, sob escolta armada, evacuou centenas de cidadãos chineses para Djibouti. O sucesso da operação militar mostrou ao mundo o quão longe a China havia chegado. Já foi um país atrasado lutando para alimentar seu povo e nunca seria capaz de realizar uma missão de resgate complexa para seus cidadãos que vivem a milhares de quilômetros de distância.
Então, disse Zhang Zuohe - que havia trabalhado no Iêmen para uma empresa estatal - sobre o resgate: "Quando o navio se aproximou, com o alto-falante dizendo: compatriotas chineses, viemos levar vocês para casa, todos gritavam e gritavam: “Vida longa à China" A operação inspirou dois filmes de grande sucesso, um dos quais, Wolf Warrior 2, que arrecadou $ 608,6 milhões de bilheteria. Sete décadas após sua fundação, a República Popular da China tornou-se uma potência econômica rigidamente controlada, com expansão militar e crescente capacidade tecnológica. O presidente Xi prometeu que seu país se tornará um "líder global" em 2050. "O maior sonho da nação chinesa é alcançar o seu rejuvenescimento", Disse Xi em um discurso em outubro passado, por ocasião do 70º aniversário do governo do Partido Comunista. Embora a expansão econômica da China tenha desacelerado este ano, espera-se que ela ultrapasse os Estados Unidos na próxima década para se tornar a maior economia do mundo. Xi Jinping, de 66 anos, também espera reformular a ordem mundial com a ajuda da polêmica iniciativa Belt and Road, que conecta a China à África e à Europa por meio de redes terrestres e marítimas, aumentando seu peso geopolítico, bem como o crescimento comercial e econômico.
Quando, em 1996, um grupo de autores nacionalistas escreveu um livro de sucesso, China pode dizer não, o título parecia uma quimera, mas hoje não é mais. Este ano, o presidente chinês se recusou a ceder à pressão de Washington durante uma guerra comercial na última proclamação. Agora há uma desaceleração das tensões entre os EUA e a China.
Mudanças radicais não foram registradas no campo social. A população da China não é mais livre do que há dez anos. O controle do estado aumentou. O testemunho é a detenção de mais de um milhão de muçulmanos uigur em "campos de reeducação".
Desde 2012, a China vem experimentando um sistema de crédito social de alta tecnologia que ecoa o sistema de arquivos do Partido Comunista, que mantinha um arquivo de cada cidadão. A vigilância é abrangente. Usando big data, inteligência artificial e vigilância de alta resolução, uma pontuação de crédito social é criada para cada cidadão que avalia todos os aspectos da vida de uma pessoa. Essas ferramentas de alta tecnologia oferecem suporte à administração. Eles economizam energia, mantêm uma lista atualizada de doadores de órgãos, permitem pagar impostos e contas em tempo real e acompanhar o fluxo do trânsito na metrópole.
Qualquer pessoa na lista negra terá restrições a viagens, acesso a empréstimos, trabalho e até mesmo à educação de seus filhos. A prisão é certa para criminosos: os tribunais chineses ostentam uma taxa de condenação de quase 100%. Na esfera econômica, os resultados da China são inegáveis. Décadas de forte crescimento transformaram a China de um país pobre em um país de renda média alta.
Seu PIB atingiu US $ 13 trilhões em 2017, em comparação com US $ 20 trilhões nos EUA e US $ 18 trilhões na UE. O PIB da China era cerca de um décimo do dos Estados Unidos em 1996. A expectativa de vida aumentou de 35 em 1949 para 77 hoje.
Agora a China tem a terceira força militar mais poderosa, depois dos Estados Unidos e da Rússia. A marinha recentemente comissionou seu primeiro porta-aviões inteiramente interno, acrescentando dois porta-aviões à sua frota. Um terceiro está em construção, equipado com catapultas eletromagnéticas avançadas para o lançamento de caças. Em outubro, ao longo da Avenida da Paz Eterna, Pequim, para comemorar o 70º aniversário do Partido Comunista, mostrou todo o seu poderio militar com 580 sistemas de armas, incluindo drones e mísseis, Entre eles estava o DF-41, um míssil com capacidade nuclear que pode atingir os Estados Unidos em 30 minutos. Este ano, a China se tornou o primeiro país a pousar no outro lado da lua e construiu o maior radiotelescópio do mundo: o radiotelescópio esférico de quinhentos metros de largura (FAST). A China também criou vários "superprojetos", incluindo a maior rede ferroviária de alta velocidade do mundo e a maior ponte marítima, a Hong Kong Zhuhai-Macau de 55 km.